Quando passeamos por estas terras, subimos os montes, descemos as escarpas, observamos o azul dos céus e respiramos profundamente, enchendo os pulmões de um ár puro e limpo e o coração de um sentimento de verdadeiro êxtase.
Por entre estas paisagens imaculadas, ouvimos de repente o som cristalino da água que corre. E, curiosos, procuramos por entre as árvores, saltamos as pedras, descemos caminhos... e, então, avistamos por entre o arvoredo, quase escondida, aquela que se chama Teja, a ribeira que nasce a norte de Trancoso e que atravessa todo o concelho da Meda.
Devagarinho e a medo passamos sobre a pequena e rústica ponte de madeira que alí se esconde. Caminhamos depois, já na outra margem, seguindo com os olhos as águas que correm. A brisa quente que agita suavamente as folhas das árvores, convida-nos a entrar descalços naquela água fresca. Que delícia...
Seguimos depois viagem, com uma vontade renovada para descobrir novos segredos da ribeira.
E eis que surgem, quando menos contamos...
E o coração quase que pára perante a visão. Tenta-se captar aquela imagem com a máquina para não mais se esquecer... como se fosse possível. Como se alguém conseguisse apagar tal quadro da memória.
Seguimos viagem já de regresso a casa. Mas o nosso coração ficou para trás. Resta-nos apenas as fotografias que agora surgem no computador, surpreendendo-me com tanta beleza.
Belas imagens e belos comentários, sobre a ribeira Teja, da minha infância e adolescência...
A exuberância das margens, os recantos, as boas recordações que nos marcam.
Outeiro de Gatos, tal como os Chãos e Casteição, fizemos um concelho durante mais de seiscentos anos e a Teja marcava e marca as terras de produtividade e beleza. Gostei de ver a positividade das tuas palavras, nos tempos que passam em que quase só a crítica e o negativismo têm "mercado".
Obrigado.
Beirão