A construção da Igreja Matriz de Outeiro de Gatos remonta ao ano de 1694.
Na época era exigido que a igreja tivesse baptistério e cemitério adjacente (este hoje está tranformado num pequeno jardim).
A igreja é airosa e linda no seu estilo barroco. É digna de apreço a talha da capela-mor com altar principal e o tecto abobadado em caixotões. O púlpito afeiçoado, que foi retirado no século XIX do Convento dos Franciscanos de Vilares (Marialva) quando as ordens foram extintas, tem uma balaustrada em madeira preciosa. O coro, onde em tempos não muito distantes, os homens tinham lugar nas cerimónias religiosas, é sustentado por duas colunas e dá também acesso ao campanário.
Entre as imagens de culto e veneração dos fiéis, sobressaem, como de maior valor artístico, Nossa Senhora da Graça que é o orago, padroeira de Outeiro de Gatos, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Imaculada Conceição e Santo António.
Pertença da Igreja e quase contíguo e a poente, houve o importante Presbitério (casas do Páteo) com passal, terrenos de cultivo anexos à residência do Presbitério. Serviam estes terrenos de suporte material para o Presbitério poder cumprir os seus encargos religiosos.
No século XIX, devido às vicissitudes da época e à confusão das lutas liberais, todo este património foi espoliado à Igreja. Transitou depois para a posse de particulares.
No Presbitério, funcionou ainda, uma afamada escola de latim onde os alunos faziam os preparatórios.
Hoje, os altares da Igreja são limpos e embelezados com rendas e flores pelas senhoras “mordomas”de cada altar que, com a ajuda monetária da comunidade, cumprem este compromisso todas as semanas.
Na sua visita a Outeiro de Gatos, não parta sem conhecer esta magnífica Igreja.
Fotografias de António Jorge Ramos, tiradas após as celebrações da tradicional Pascoela, no passado domingo.
Na sua visita a Outeiro de Gatos, não parta sem conhecer esta magnífica Igreja.
Fotografias de António Jorge Ramos, tiradas após as celebrações da tradicional Pascoela, no passado domingo.